Por Catarina R. Marcolin, Tatiana Dadalto e Florisvalda Santos
Vocês sabiam que os pilares das universidades são: o ensino, a pesquisa e a extensão? Isso significa que uma instituição de qualidade precisa estar baseada nesse tripé, e cabe a nós, estudantes, pesquisadores e/ou professores realizar atividades focadas em cada um desses pilares. Mas o que cada um desses pilares quer dizer? O ensino é a transferência de conhecimento, com atividades voltadas ao aprendizado dos alunos. A pesquisa é a atividade com construção de novos conhecimentos. E por fim, a extensão é a difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural, da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição para a população. Em outras palavras, a extensão cria uma relação entre a comunidade e a universidade que não precisa ser unidirecional, o ideal é que exista uma troca verdadeira de conhecimentos.
Apesar da extensão ser um dos tripés que respaldam as universidades brasileiras, ela ainda é bastante tímida na maioria das universidades, especialmente em cursos de ciências. Sabendo disso, o MEC lançou uma resolução em 2018 que define que cada curso de graduação tenha pelo menos 10% de sua carga horária voltada à atividades de extensão, na tentativa de fomentar uma relação mais íntima entre Sociedade e Universidade.
E foi assim, que três professoras do Centro de Formação em Ciências Ambientais da UFSB (incluindo nossa editora Catarina Marcolin), desenvolveram uma oficina no Centro Integrado de Educação de Porto Seguro (CIEPS). Nós convidamos cientistas das ciências do mar para conversar com estudantes do ensino médio sobre suas histórias de vida, sobre como descobriram que gostariam de ser cientistas e as aventuras e percalços ao longo de suas carreiras. Os três convidados são docentes do curso de Oceanologia da Universidade Federal do Sul da Bahia: Silvio Sasaki (oceanografia química), Juliana Quadros (oceanografia geológica) e Andresa Oliva (geofísica marinha). Além de contar um pouco sobre suas histórias, os convidados ainda realizaram experimentos e demonstrações de atividades científicas com os alunos.
Foi muito emocionante ver as carinhas de espanto, curiosidade e divertimento dos alunos e alunas à medida em que iam desconstruindo a imagem do que é ser cientista. Afinal, muitas crianças e adolescentes enxergam os cientistas como um homem de óculos, usando um jaleco e com cara de maluco, e não como uma pessoa comum, que pode estar ao lado deles na fila do supermercado!
Os melhores momentos da oficina foram compilados no vídeo abaixo. As perguntas que vocês verão ao longo do mesmo são fruto da curiosidade destes/as jovens.
Divirtam-se!
Sobre Catarina:
Sobre Tatiana:
Tatiana Pinheiro Dadalto é oceanógrafa, doutora em Geologia e Geofísica Marinha pela Universidade Federal Fluminense (UFF, 2017). Atualmente, é professora substituta na Universidade Federal do Sul da Bahia. Gosta de passar seu tempo livre em família e também de cozinhar, fotografar e estar ao ar livre em contato com a natureza.
Sobre Florisvalda:
Florisvalda Santos é agrônoma, doutora em fitopatologia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA, 2006). Atualmente, é professora associada na Universidade Federal do Sul da Bahia. Gosta de passar seu tempo livre em contato com horta e jardinagem.