Os cetáceos se destacam entre os grupos de organismos que evoluíram dependentes do uso do som em meio aquático. Entre os cetáceos viventes há dois grupos principais: os misticetos (comumente reconhecidos como baleias) e os odontocetos (golfinhos), os quais podem ser diferenciados, por exemplo, pelos seus aparatos bucais e utilização destes para captura de alimento. Outra maneira de diferenciar esses dois grupos é por meio das características do repertório sonoro.
Golfinhos e baleias emitem sons com diferentes propósitos, como por exemplo, para atrair parceiros para cópula, para expressões de alerta entre predadores e presas e delimitação de território. Além disso, o som pode ser utilizado como um processo de percepção ativa, envolvendo a produção e a recepção de ondas, chamado ecolocalização. Neste caso o som é utilizado como referência geográfica. Este processo envolve a produção de som, geralmente emitido em um curto intervalo de tempo e em alta frequência, cujo eco ou reverberação no ambiente é interpretado e utilizado como auxílio na orientação ou na captura de uma presa. Resumidamente, o som pode ser utilizado pelos cetáceos com funções de comunicação e sociabilidade, assim como em um sistema de georreferenciamento. Entretanto, nem todos os cetáceos ecolocalizam. Apesar dos misticetos e dos odontocetos emitirem sons, apenas os odontocetos são reconhecidos como ecolocalizadores.
Para saber mais, acesse o post “Os sons dos oceano” publicado em 16/03/2016.
Criação: Mariane Soares (@marisoares.art), com palpites das editoras do Bate-Papo com Netuno.
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